Nós éramos um nó, agora desatado.

 

E até parecia que nós éramos um nó daqueles bem arrochados e que nunca seria desfeito. Que bobo fui eu, mais uma vez acreditei nessa antiga conversa de voltar e "ser feliz de novo", sabendo que não seria igual e já conhecendo o fim que isso ia dar.

 Não tinha mais o mesmo mistério, pois assim como o café, o amor também esfria e o nosso acabou ficando preto e branco, perdeu a cor e até mesmo o sabor. Só que dessa vez será diferente, demorou mas finalmente eu caí na real de que ninguém ama sozinho.

A verdade é que enquanto você era um livro pra mim, eu não passava de um simples capítulo em sua vida. Não, eu não vou esquecer os momentos que vivemos juntos... Pelo contrário, estarão todos comigo aqui sempre só não quero mais me enganar novamente. E relaxa, a vida segue, o que foi inesquecível permanece guardado, dá saudade mas ela se encarrega de me adaptar a viver sem ti, não preciso de quem nunca precisou de mim.

 Demora, mas ainda bem que chega uma hora que caímos na real e aprendemos que nada requentado presta. Já está acabando, mas espera: ainda lembra de mim? Você costumava dizer que nós éramos um nó bem dado, e olha só agora; totalmente desatado.